📆 28 de outubro a 03 de novembro de 2024

Aos 73 anos, Guilhermina Zanelato conta como a aproximação com o Observatório transformou o seu cotidiano

Guida, como é conhecida, vinha do período de isolamento social como todo mundo: “meio perdida”, segunda ela. Tomou conhecimento dos projetos do Observatório e se inscreveu num grupo virtual do Clube de Leitura 6.0. “Entrei logo depois da pandemia. Estava numa situação muito difícil, me achava velha”, conta. “O clube foi um divisor de águas na minha vida, conheci outras pessoas que continuam amigas até hoje e descobri que tinha um mundo lá fora, além do meu mundinho”, relata Guida, cujo

marido convive com o diagnóstico de Alzheimer há oito anos. “Agora levo com mais leveza, mas puxava uma carreta na época que comecei”, diz.

“Eu amo o Observatório! Se não fosse esse grupo e a equipe, não sei se tinha dado conta”, revela Guida, assistente social aposentada há 8 anos

Leitora diária de Cora Coralina, Guida compartilha que outro ganho significativo foi participar por dois anos do Grupo de Apoio do projeto Tomates Verdes Fritos. “Fiz uma verdadeira terapia, entendi que a doença do meu marido não tem cura e aprendi a lidar melhor com tudo”, confidencia. “Sou também muito grata ao Galeno (Amorim, presidente da instituição) pelas lives, pela mentoria. Virei rato de biblioteca”, observa ela, que relembra a importância da leitura no clube do livro ‘Mulheres que correm com os lobos: Mitos e histórias do arquétipo da mulher selvagem’, de Clarissa Pinkola Estés. “Me despertou para me ver como mulher no dia a dia”, conclui Guida. 

5ª. Jornada da Leitura no Cárcere, que começa no dia 5 de novembro, está com a programação completa e imperdível. Lembrando que no dia 4 a transmissão é voltada para unidades prisionais e TJs

Para esta edição estão contemplados eixos que sugerem discussões amplas e voltadas para pessoas de todas as áreas, como, por exemplo, um bate-papo com o escritor, roteirista e historiador Renan Silva, vencedor da 8ª edição do Prêmio Kindle de Literatura com "A voz que ninguém escutou". Também confirmada a roteirista e diretora cinematográfica Debora Gobitta, que dirigiu o documentário “Liberta”, que mostra o poder humanizador e libertador da literatura e dos clubes de leitura no sistema carcerário. E tem muito mais! Gratuito e 100% on-line, o evento acontece em parceria com o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen) e as inscrições podem ser feitas através do link https://observatoriodolivro.org.br/jornada-carcere.

No Dia Nacional do Livro no Brasil, comemorado nessa terça-feira (29), tem sarau pra lá de especial no Clube de Leitura 6.0

Além de não deixar a data passar em branco, o evento reúne os participantes 60+ do projeto na Biblioteca Sinhá Junqueira, em Ribeirão Preto (SP), a partir das 16h. Para a diretora de Operações do Observatório, Luciana Paschoalin, que coordena a atividade, a celebração vale por diversos motivos. Um deles é destacar a data em que a Real Biblioteca Portuguesa foi transferida para o Brasil e tornou-se a Biblioteca Nacional, que teve como um dos presidentes da história recente Galeno

Amorim, atual presidente do Observatório. “Outro motivo é, sem dúvida, celebrar com os membros de nossos projetos a importância da leitura literária”, observa. 

E por falar em Dia do Livro, a escritora Luciana Hidalgo acaba de doar 25 exemplares do livro de sua autoria “Rio-Paris-Rio”

Escritora, jornalista, doutora em Literatura Comparada pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro, pesquisadora-associada à Universidade Sorbonne Nouvelle Paris 3, na França, onde fez seu pós-doutorado, e duas vezes ganhadora do Prêmio Jabuti, Luciana Hidalgo acompanha os projetos do Observatório. e acompanha, inclusive, as notícias sobre o Clube de Leitura no Cárcere. Desta feita, a doação é de exemplares de seu segundo romance. Na obra, a autora reforça 

uma característica sua: a identificação com aqueles que vivem à margem. 

Parceria e realização

Patrocinadores do Projeto Clube de Leitura 2.0 em São Paulo